Faz tempo que não escrevo poemas. Me lembrei disso ontem, na fila do banco. Nem tinha tanta gente, e eu olhava pro chão. Era só um depósito, numa tarde vazia de coisas pra se fazer. Geralmente escrevo poemas de madrugada. E nem é que não tenho ficado acordada durante as madrugadas. Nada mudou. Mas mudou. Porque eu não tenho sentido vontade de escrever palavras queridinhas, nem nada que possa parecer muito doce. Não ando me enxergando como uma pessoa de muitas doçuras. Mas isso não é ruim. Não estou dizendo que é. Só não me vem naturalmente a delicadeza pra escrever um texto pé na lua. Daí penso que um poema não precisa ser eu, e caio em contradição. Um blog não precisa ser eu, e caio novamente em contradição, porque tenho muita coisa pra falar. Muita mesmo. Talvez eu fale, talvez eu encha isso aqui de sentidos. Prefiro, por sinal. Sentido dá uma idéia multifacetada de tato, de cheiros, de sentido na pele. E também não me importa o que vão dizer. Os textos que eu quero que sejam entendidos em linha reta, eu escrevo em linha reta. Os textos a que eu quiser dar múltiplos sentidos, usarei metáforas. E entenda-os como quiser, viu? Te dei liberdade pra isso. Tenho aqui uma mistura meio difícil de dissociar. Uma fome de jornalismo literário, e de literatura. Geralmente pendendo mais ao subjetivismo. Uma vontade de contar sobre o tempo. O meu e o de tanta gente que passa pela minha cabeça. E o tempo que acho escondido pelos cantos da casa. As palavras aqui falam das coisas. Só isso. Se elas passaram por mim, ou cruzaram o caminho de quem quer que seja, não interessa. Elas contam coisas, reais ou imaginárias. Se daqui a alguns minutos as frases aqui parecerem desbotadas, pouco importa. Minha necessidade é de escrever.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Quem sou eu
- Nome: Cris
- Local: Porto Alegre, RS, Brazil
Nasci em uma madrugada de outono. Gosto de Charlie Chaplin, dias chuvosos e poesia. Curso jornalismo. Ensaio textos, palavras e, de vez em quando, algumas frases soltas, não necessariamente nessa perfeita ordem. Dizem que sou uma ariana convicta. Eu, por enquanto, vou rindo.
Ouvindo


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5 Commentários:
Quem lê até pensa...
Tu és um doce de pessoa sempre!
Ok, ok... tu não, teus personagens!
(E uma mirabolante escritora...)
:)
Que eu sou um doce, eu sempre soube, Jô! Hehehe
Não, falando sério. Eu não quis dizer que eu ando amarga! Mas tou mesmo com saudade de escrever coisas mais simples, e poeminhas bobos sem muito nexo. só que não tenho tido muito saco pra parar, pensar, e escrever. Acho que minha falta de vontade tem nome: preguiça, um dos 7 pecados capitais.
Preciso ler menos jornais e mais vinícius de Moraes.
Essa é a minha menina!
mãe
Eu costumo dizer que um blog é um exercício sobre a futilidade. É fútil falar de nós mesmos: mesmo assim, é de nós mesmos que falamos o tempo todo. O negócio é tirar algo de extraordinário do meio do fútil - como em qualquer texto, aliás.
Acho que tu tá no caminho certo :)
Eu tenho vergonha dos meus poemas,que escrevia quando tinha uns 16, 17 anos. Não os jogo fora, contudo não os publico por nada. Que fiquem para os pósteros;)
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