terça-feira, outubro 31, 2006
domingo, outubro 29, 2006
Saudade não se apaga com tinta
Li num muro, achei bonito, e anotei. Passei pelo mesmo lugar dias depois e não havia mais nada. Alguém passou tinta por cima... Hoje encontrei o papelzinho com as frases, já meio amassado, na minha mochila:
"Vende-se um apartamento
no coração da cidade
A preço de ocasião
por motivo de saudade..."
sexta-feira, outubro 27, 2006
Um dia eu viro criatura concretista
Vou. É que a vontade é de fugir de cronogramas,
E de espaços que não tenham saída só
"Os dois são claustrofóbicos", diz
Talvez fazer alguma coisa
que já não tenha sido
minimamente
planejada
basta
sim
.
E de espaços que não tenham saída só
"Os dois são claustrofóbicos", diz
Talvez fazer alguma coisa
que já não tenha sido
minimamente
planejada
basta
sim
.
.
Vai
Saber se
Basta mesmo
Era pra ser impulso.
"Não importa o resultado".
Já não é mais indiferente, pois
"avisa que é de se entregar o viver"
Canta lá longe o tio mambembe, descabelado.
Vai
Saber se
Basta mesmo
Era pra ser impulso.
"Não importa o resultado".
Já não é mais indiferente, pois
"avisa que é de se entregar o viver"
Canta lá longe o tio mambembe, descabelado.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Alguém passou O Rei do Rock pra trás

A lista dos 13:
1. Kurt Cobain - US$ 50 milhões
2. Elvis Presley - US$ 42 milhões
3. Charles Schulz - US$ 35 milhões
4. John Lennon - US$ 24 milhões
5. Albert Einstein - US$ 20 milhões
6. Andy Warhol - US$ 19 milhões
7. Theodor Geisel - US$ 10 milhões
8. Ray Charles - US$ 10 milhões
9. Marilyn Monroe - US$ 8 milhões
10. Johnny Cash - US$ 8 milhões
11. J.R.R. Tolkien - US$ 7 milhões
12. George Harrison - US$ 7 milhões
13. Bob Marley - US$ 7 milhões
Ainda:
- Charles Schulz , em 3º na lista, é o desenhista americano criador do Snoopy
- Theodor Geisel , em 7º, criador das histórias infantis Dr.Seuss
Curioso:
O título de Rei do Rock n' Roll é uma marca registrada pela Elvis Presley Enterprises e só pode ser usado para se referir a Elvis Presley.
segunda-feira, outubro 23, 2006

domingo, outubro 22, 2006
Cartas
De amor ou de amizade
De mãe, de pai, de irmão
Podem ser longas ou curtas
Não importa a quantidade de caracteres
Nem se as frases estão em ordem direta
Podem ser cheias de vírgulas e reticências
Prefiro, em vez de pontos finais
Mas se for muito necessário, melhor usá-los
Não abuse de apostos explicativos
Em excesso, eles confundem
E eu digo cartas
Mas também podem ser recadinhos
Desses que se deixa no ímã de geladeira
No bolso da mochila
Embaixo do travesseiro
Ou no espelho do banheiro
Com um "boa dia" escrito com pressa
E um "volto para o almoço" escrito com vontade
A letra não precisa ser arredondada
A da minha primeira professora de português não era
Pode ser meio deitada, assim, meio jogada
Mas isso também não é o mais importante
Acho bonito se for escrito à mão
Indica que nada foi premeditado
Combina mais com imprevisibilidade
E com um pensamento
Que vem sem ser chamado,
Só porque o sentimento existe mesmo
O papel pode ser o que estiver mais próximo
Se a pressa for tamanha
Pode escrever no bloquinho
Que fica ao lado do telefone
Mas também pode ser
Numa folha amarelada pelo tempo
E não precisa encher de carinhas e desenhos
Prefiro que enfeites com palavras e lucidez
E não te esqueças de assinar
Não é necessário colocar sobrenome
Que fica muito impessoal
Não é o sobrenome que faz
Uma pessoa ser única mesmo
E se não quiseres usar o primeiro nome
Aquele de registro, burocrático,
Jamais vou te julgar por isso
Usa o apelido, que é tão teu
E tão meu
De mãe, de pai, de irmão
Podem ser longas ou curtas
Não importa a quantidade de caracteres
Nem se as frases estão em ordem direta
Podem ser cheias de vírgulas e reticências
Prefiro, em vez de pontos finais
Mas se for muito necessário, melhor usá-los
Não abuse de apostos explicativos
Em excesso, eles confundem
E eu digo cartas
Mas também podem ser recadinhos
Desses que se deixa no ímã de geladeira
No bolso da mochila
Embaixo do travesseiro
Ou no espelho do banheiro
Com um "boa dia" escrito com pressa
E um "volto para o almoço" escrito com vontade
A letra não precisa ser arredondada
A da minha primeira professora de português não era
Pode ser meio deitada, assim, meio jogada
Mas isso também não é o mais importante
Acho bonito se for escrito à mão
Indica que nada foi premeditado
Combina mais com imprevisibilidade
E com um pensamento
Que vem sem ser chamado,
Só porque o sentimento existe mesmo
O papel pode ser o que estiver mais próximo
Se a pressa for tamanha
Pode escrever no bloquinho
Que fica ao lado do telefone
Mas também pode ser
Numa folha amarelada pelo tempo
E não precisa encher de carinhas e desenhos
Prefiro que enfeites com palavras e lucidez
E não te esqueças de assinar
Não é necessário colocar sobrenome
Que fica muito impessoal
Não é o sobrenome que faz
Uma pessoa ser única mesmo
E se não quiseres usar o primeiro nome
Aquele de registro, burocrático,
Jamais vou te julgar por isso
Usa o apelido, que é tão teu
E tão meu
quinta-feira, outubro 19, 2006

Filipe Catto. Achei as músicas do cara pela internet. Muito talentoso. Ele se apresenta amanhã (20/10) no Teatro de Arena. Às 20h. R$10.
Glory Box, do Portishead, ficou muito boa na voz dele.
quarta-feira, outubro 18, 2006
terça-feira, outubro 17, 2006
domingo, outubro 15, 2006
De onde vêm os hábitos
Da minha infância, uma das claras lembranças que tenho é o fundo do quintal da casa da minha avó. Um quintal enorme, todo coberto por gramado. Quando aconteciam aquelas reuniões de família, eu sempre dava um jeitinho de fugir dos olhos de todos e ir lá pro fundo. Sentava em uma pedra, ao pé de uma árvore bem alta, não me lembro de quê, exatamente. Talvez de abacate. É uma boa fruta. Gosto da cor dela. Eu sentava ali e ficava um bom tempo quietinha, ouvindo de longe a conversa dos adultos. E o silêncio que fazia nos intervalos delas. A parte de que mais gostava era quando minha mãe ficava quieta por uns instantes e, de repente, soltava a pergunta pra quem soubesse responder: "Cadê a Cristiana?". Eu era uma anti-social assumida, obviamente. Mas eu gostava de ficar ali, no meu mundo. Quando percebia, estava lá minha mãe me chamando pra dentro de casa. Eu achava graça. Acho que eu fazia isso justamente pra chamar a atenção dela. Adorava quando ela aparecia lá, ao pé daquela árvore, que hoje nem considero assim tão alta, pra me pegar pela mão e me levar pra dentro de casa. Até hoje o fundo do quintal da casa da minha avó me fascina. Adoro.
sábado, outubro 14, 2006
sexta-feira, outubro 13, 2006
13
Tarde ensolarada, tipicamente primaveril. Passarinhos cantando. Borboletas efusivas. Brisa suave. Ramos e folhas de árvores balançando. E um monte de palavras batidas... Tudo muito caricato. Precisa mesmo de uma sexta-feira 13 pra quebrar o bucolismo.
domingo, outubro 08, 2006
Auto-retrato
What's really, really going on? diz:
aqui tá nublado...
Just like sugar and tangerines diz:
to com saudades...
Just like sugar and tangerines diz:
ontem choveu o dia inteiro
What's really, really going on? diz:
hoje, foi aqui...
What's really, really going on? diz:
a chuva e a saudade...
aqui tá nublado...
Just like sugar and tangerines diz:
to com saudades...
Just like sugar and tangerines diz:
ontem choveu o dia inteiro
What's really, really going on? diz:
hoje, foi aqui...
What's really, really going on? diz:
a chuva e a saudade...
terça-feira, outubro 03, 2006
Nouvelle Vague
* Presta atenção nas versões de The Killing Moon (Echo and the Bunnymen), A Forest (The Cure), Love will tear us apart (Joy Division) e Heart of Glass (Blondie). Ficou muito legal, mesmo. Mas eu simplesmente não consigo cantar essas duas últimas no ritmo proposto pelo Nouvelle Vague. Quando vejo, estou cantando a original...